Sabe aqueles momentos em que sentimos uma dor fina, lá dentro do peito,
dor essa que nem sabe-se como é, como vem, e tira a impressão de que tava tudo
bem.
Dá vontade de gritar aos quatro ventos numa voz bem alta, como se fosse sair um
monstro de dentro de nós, a sensação de alguma coisa sem precendentes.
Como se viesse um desejo de chorar e chorar, e nem saber a hora de parar,
somente induzir para dentro de sí, o que pra fora nem veio se mostrar.
Como mudança de rumo, e rumando para o deserto quente e seco da minha sensação
de estar perto do nada, mas longe de você, um amor renegado, pensamento
elevado.
Sentimento com sonhos desmoronados e castelos de areia engolidos pelas ondas,
sentimento de perda e dor, sabor do castigo, sentido sem amor.
Seria como se expremesse o peito e lançasse longe a alegria, sentido de vida
vazia, sorriso sem graça, sabor de rejeição, coração na contra mão.
Não!... mesmo que se tenha idéia do que é sofrer, mas ferida que se abre sem
ferir dói, mas sem o sangue a sair.
Sofrer assim não é justo, se foi um susto, nem custo da dor ou esperança do
amor, dor essa que é fina no peito e desafina o embalo do coração e da emoção.
Pois, como perfume de amor e flor, e despedida sem odor, se faz sofrido o
rosto, com a expressão que dispensa conoção.
Sim, com amor é fácil lidar, mas os sentimentos á parte que sem recentimentos,
se faz uma parte dessa dor, que á outra se veio juntar, selando a desculpa da
lágrima rolar.
Como saber que é hora de parar, sanar uma coisa dessas só com alguem que viveu
tal sentimento, e sobreviveu pra contar, ou correu o risco e saiu da beira
abismo.
Juro que se for para sentir essa dor, sem ter o que sentir, não fico mais em
cima desse muro, me cede tua luz, e me tira desse escuro.
Os vestígios da esperança que molha o meu olhar, se faz forte, e não sei como
vai-me a sorte sair assim, sem os riscos da morte á me rodear.
Sei que dor fina e vazia faz sofrer, mas sem entender o que a dor te traria é
sofrer duas vezes, uma por sofrer e outra sem saber.
Seria um troca justa, a troca da discórdia pela vaga soma da tua misericórdia,
se me decifrasse essa dor.
E chegando sempre pela metade e tomando o lugar da felicidade, essa dor me pega
sem piedade, como é triste sofrer e ver padecer num sentido sem fim.
Não tem como dizer não, essa dor que seca o coração, faz viver um momento sem
razão, leva consigo uma paz que seria a única emoção, essa dor se chama,
Desilusão!
Paulo
Master
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