quinta-feira, 8 de março de 2012


E agora já não tem pensar, nem sentir, nem alegria, nem tristeza.
São apenas vozes, barulhos que ecoam no pensamento,
da esperança que se carregava
de cada fato ocorrido, da vergonha que teve ao se expressar,
de cada gesto palavra trocada, o abraço acalmador que se teve,
a certeza que se fazia oculta, o sorriso que carregava ao saber da verdade,
a alegria que se tinha ao olhar e saber que era de você, o orgulho em cada discussão,
dos ciúmes bestas,
o coração acelerado e a respiração ofegante ao chegar perto, a motivação que se carregava,
a vontade de ao menos abraçar e ter que se acalmar, a raiva que tem da injustiça,
aquela noite que não se sai da memória.
Vário e vários pensamentos e lembranças e vontades, enfim, talvez por um lado, desaparecido na escuridão
do medo de arriscar, ou vergonha, ou talvez nada do que eu falei, nada do que tenha feito, foi o bastante,
ou foi mas, por enquanto, a paciência tende de permanecer soberana, a noite traz pensamentos, traz calma, traz paz.
Já é quase de manhã e ainda penso, de novo, fé.


Giovanni Rodrigues

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