O que pode ser mais reconfortante do que ouvir no rádio uma música que marcou uma fase alegre da vida em um dia de desespero ou solidão?
“A música une as pessoas. É o mais profundo medicamento não químico.” A afirmação é do neurologista inglês Oliver Sacks, autor do ótimo Alucinações musicais. Segundo ele, o poder da música para integrar e curar é fundamental. Para o escritor indiano Salman Rushdie, em seu romance O chão que ela pisa, a música é o dom divino que nos salva da miséria humana.
A ciência concorda com a poesia: ritmo, melodia e movimentos são exclusivos do homem, fundamentais na evolução humana e com efeitos ativos no cérebro. Pessoas com Alzheimer ou que sofreram derrame respondem a estímulos da música, por exemplo.
O musicoterapeuta e professor de Yoga Diogo Camargo utiliza o poder da música para cuidar de pacientes com as mais variadas questões: “Yoga e música são ferramentas que abrangem a totalidade do ser, partindo para a vivência prática e visceral, concretizando na matéria consciência, harmonia, cura, orientação, ritmo, disciplina e valores éticos”. Além das sessões de musicoterapia, Diogo gravou o CD Mantras do Coracão, com Marcio Assumpção, e toca em aulas de Yoga ao lado de Anita Carvalho. "Faço práticas silenciosas também. Acredito na tradição, em praticar asanas ouvindo apenas a respiração. Mas a música me trouxe mais uma ferramenta para ir de encontro com a minha natureza. Vi que os alunos também ficaram mais conectados na aula", explica a professora.
No Yoga, há várias maneiras de se beneficiar com a música, que passam do Bhakti ao Nada Yoga (veja detalhes a seguir). Krucis, músico discípulo do sitarista indiano Ustad Aashish Kahn, acredita fortemente na música como meio para sair do estado de estresse. “As pessoas deixam o pensamento brotar demais, e a música traz a pessoa para o foco. Toda possibilidade de cura vem do esvaziamento, para que a pessoa consiga se ver, enxergar o mal que a atinge”, diz.
Krucis acompanha professores em aulas de Yoga e também oferece sessões particulares de Nada Yoga. “O trabalho é tocar para o aluno/ paciente relaxar. É resgatar o som interno de cada um, que é como um DNA para a pessoa entrar em contato com o seu eu no aqui e agora – esse é o 'religar' da pessoa”.
Retirado do site: http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=1284
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