A maioria das pessoas internaliza a frase dita no altar: prometo ser
fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… Até que a morte nos
separe.
Pronto! Está feito um juramento e muitas das mulheres, passam a vida mais morta
que viva, nas relações, esperando a morte física chegar. Não nos damos conta de
que muitas mortes existem nas nossas relações que independem da morte física de
um dos parceiros. Com o tempo, sem os devidos cuidados exigidos pela relação,
vamos enterrando o afeto, o carinho, a cumplicidade, o companheirismo, a
entrega e a espontaneidade.
O amor já morreu e , ás vezes, não percebemos e continuamos como fantasmas
relacionais a procura de algo que nos faça creditar que teremos que a relação
até o fim, até a morte.
Será que já paramos para analisar o conceito da palavra morte?
Pode ser finitude, fim, final, término, final de um ciclo. Como tudo na vida
acontece em ciclos, a morte também se faz presente nas relações, apesar da vida
física de homens e mulheres.
No entanto, o juramento se torna mais forte pela própria representação
religiosa. Finalizar a relação é pecado? Ou o fim coincide com o fim da própria
vida?
Deixo você pensar a respeito… Agora, analise bem sua relação. Ela tem sido
nutritiva, equilibrada, saudável, recíproca?
Que tipo de relacionamento você tem vivido ou prefere esperar de forma passiva
que ele aconteça?
Relação é uma construção diária e precisamos, usando tijolo a tijolo, erguer a
grande obra _ a relação. Se bem alicerçada, maior a possibilidade de duração. Se
o material for de segunda, com o passar do tempo começam a surgir rachaduras,
infiltrações e corremos o risco de ver nossa casa relacional ruir.
Não podemos e não devemos desperdiçar nossa vida para a infelicidade. Somos os
arquitetos e construtores do nosso próprio mundo. Cabe a nós fazer as opções de
forma assertiva e de acordo com nosso coração. Ficarmos presos a palavras é o
mesmo que nos escravizarmos. Afinal a comunicação depende da interpretação e
isso é bem individual, bem singular.
Realmente, devemos seguir a expressão: “até que a morte nos separe” até quando
for possível. Sabemos que o fim é circunstancial, atemporal e cabe a nós
determiná-lo.
Por isso, não se enterre em relações adoecidas e pouco nutritivas. Viver é
muito preciso para ser desperdiçado. Não desperdice o seu tempo, independente
da idade que você tenha 20,30,50,70 anos. Afinal como diz Gilberto Gil, a vida
se reinaugura a cada instante em que vivemos. Portanto, você está nascendo e se
reinaugurando a cada segundo.
Isso é motivo suficiente para você aproveitar e ser feliz.
Mara
Suassuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário