segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Passo os dias pendurado no circo da imaginação
Sou trapezista da arte falada no realejo da alegria
Pobre saltimbanco sem eira nem beira de alma vazia
Palhaço sem direito a ego, sentimento ou emoção

Dou voltas e cambalhotas, sou ginasta acrobata
Domador de feras, na sua grande maioria humanas
Hipnotizador de serpentes, ou será de iguanas
Sou o rei da macacada, fala barato, humano/primata

Num golpe de magia, sou génio do surrealismo
Tenho mente inquieta, sou artista, ou idealista
O que trago na cartola é o dom do ilusionismo

Há um malabarismo no ato da sobrevivência
Um faquir lançador de acutilantes arremessos
Mas o espetáculo é pago, tenham lá paciência… 
Maria Fernanda Reis Esteves 

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