terça-feira, 31 de janeiro de 2012


Alguns não entendem o efeito da música sobre mim, então decidi escrever este post para esclarecer bem o que acontece.
Como o Arthur Schopenhauer disse, "A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende."
Sem a música eu não sei como passaria pelos meus dias felizes e nem tristes. Ela é a minha companheira à todo momento. 
Existem músicas de todos os tipos que nos permitem ouvi-las independente do nosso humor. Particularmente prefiro ouvir músicas no estilo Folk ou Rock Alternativo. 
E se vivêssemos sem música seríamos capazes de fazer coisas totalmente imprudentes. Como William Shakespeare disse, "O homem que não tem a música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de traições, de conjuras e de rapinas."
Como podemos observar a música tem uma grande influência na mente das pessoas. Por isso devemos escutá-la com mais frequência no nosso dia a dia, pois "pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas." - Leonid Pervomaisky.
Alguns me perguntam o motivo de às vezes eu ficar sozinho. Pode ter certeza que quando estou só, estou ouvindo alguma música. Como Robert Browning disse, "Quem ouve música, sente a sua solidão de repente povoada." E realmente funciona. A música nos faz sair de órbita e ir para um mundo cheio de fantasias e curiosidade.
A música deve ser ouvida com sensibilidade e intuição, pois ela não é uma coisa qualquer. E ainda existem pessoas que criam músicas que não podem ser classificadas como música. 
O que eu posso fazer se vivemos em uma sociedade totalmente independente, onde cada um pode escolher o que quer fazer ou não. Basta fazer o que realmente te faz bem. 


Eduardo Henrique

Os melhores amigos dos homens e mulheres, os animais de estimação


Atualmente, devido a etologia (estudo do comportamento animal), é possível entender um pouco mais sobre estes seres realmente interessantes. Há estudos que provam que as pessoas solitárias têm mais propensão de sofrer de males do coração e cérebro do que aquelas que possuem um animal para conversar, trocar afeto ou simplesmente tê-lo como responsabilidade de alimentação e higiene.
Podemos considerar como animais de estimação não somente o cão, o gato, o peixe, o hamster, como também aqueles denominados "animais de produção", e que tornam-se importantes elos de amizade e apoio àqueles que são sozinhos.
Para o homem que mora no campo, as galinhas, vacas e porcos possuem "nomes" e quando saudados, ao amanhecer, respondem alegremente com grunhidos, mugidos e cacarejos. Chegam a ser tão importantes que, muitas vezes, seus proprietários evitam viajar para não deixá-los sem os devidos cuidados.
No entanto, para muitos, estas pessoas são confundidas e consideradas muitas vezes como "anti-sociais", que não possuem respeito nem laços de carinho por ninguém. Mas isso não é verdade. Na realidade, a pessoa que abdica de algumas de suas atividades sociais devido a "seus amigos", é um grande poço de sentimentos por aqueles que mais precisam de sua companhia, pois ela sabe que, apesar de seus animais terem à disposição um campo, onde encontram um riacho para beber e um pasto para comer, nunca é igual a comida que é posta em seus cochos. Nota-se, muitas vezes, que estes proprietários tratam seus animais como se fossem seus filhos pequenos, pois os grandes foram estudar e trabalhar na cidade.
Grande parte dos animais de companhia vive dentro de nossos lares, tornando-se, dessa maneira, peças importantes em nosso relacionamento afetivo, tanto com eles, como também entre nós, os seres humanos. Psicólogos recomendam que crianças hiperativas possuam um bichinho de estimação para acompanhar o processo de crescimento nas diversas fases da maturidade do animal, diminuindo, assim, seu ritmo de vida.
Em nossa rotina clínica, constatamos que algumas pessoas tratam melhor seu animalzinho do que seus familiares e amigos; conhecemos outros que, antes de possuir o animal, afirmavam que não os queriam dentro de suas casas, devido à sujeira que eles poderiam fazer. Entretanto, a partir da entrada do companheiro em suas vidas, assumiram a responsabilidade de todas as atividades referentes ao novo membro da família, tornando-se, inclusive, mais amáveis no relacionamento com humanos.
Discordo quando ouço dizer que o animal dá muita atenção a seu dono, como ato de submissão. Acredito que há uma interação de amizade profunda e a necessidade de aproveitar ao máximo a presença daquele amigo.
Os animais possuem uma virtude raramente encontrada nos seres humanos, que é a "verdadeira amizade", sem ranços de interesse.
Na clínica vemos cães e gatos que passam por um período de profunda tristeza e saudade quando seu melhor amigo morre ou viaja, apresentando por longo tempo perda de apetite e sinais acentuados de desânimo. Lembro-me de vários casos que posso narrar aqui e que comprovam a sensibilidade e a sinceridade de sentimentos de nossos amigos – os animais.
Certa vez, em uma casa, havia um papagaio, uma gata e um cachorro. Este último sofreu um acidente e morreu. O papagaio e a gata não se alimentaram por quase uma semana e passaram dias "chamando" pelo cão.
Um Pastor Alemão, com onze anos de idade, vivia com seu dono, um senhor idoso e seu filho, que ficava muito pouco em casa. Este cão desenvolveu um problema de pele, com diminuição de apetite e aparecimento de pêlos brancos. Ao conversar com o filho, soubemos que o Pastor Alemão estava muito triste, passando longo tempo de baixo da janela do quarto de seu pai, que desenvolveu um tipo de câncer fulminante e como conseqüência, pouco saía para "conversar com seu amigo". Medicamos o cão para as lesões, receitamos um estimulante de apetite e recomendamos que lhe fosse dada maior atenção, mas mesmo assim, não sentimos uma grande melhora em seu estado de saúde.
Logo após, aquele senhor veio a falecer. Quando retornei para rever o cão, era visível a tristeza em seu olhar pela perda de seu dono, amigo e companheiro. Antes da doença, o cão só fazia suas refeições depois que seu senhor conversava com ele, afagando-o na cabeça. Agora sob nossa orientação, o filho está tentando fazê-lo comer da mesma maneira, ou seja, conversando e afagando-o, mas ainda persiste a diminuição do apetite.
Nossos amigos, os animais, possuem, além de tantas outras qualidades, a virtude da gratidão, com muito maior expressão que o homem, pois uma vez tendo-os ajudado, jamais esquecem.
Atendia a uma senhora, dona de cinco cães, sendo que um deles, um pequeno vira-lata, não era simpático com ninguém, incluindo eu. Conhecia-o há cinco anos e sempre quando ia a sua casa, latia muito, como se estivesse avisando que não tinha muito o que conversar comigo. Certo dia fui chamado para atendê-lo, pois um Boxer o tinha mordido no pescoço. Ao examiná-lo, apresentava dificuldade respiratória severa, com suspeita de ruptura da traquéia. As mucosas estavam cianóficas e o animal sofria muito. A proprietária me falou que se não houvesse solução, o melhor seria aplicar uma injeção para ele "dormir". Mas o olhar do animal suplicava ajuda. Trouxe-o para a clínica, fizemos a cirurgia e três dias depois o animal voltou para seu lar. Hoje, quando vou até sua casa, ele ouve o barulho do meu carro e já fica agitado, latindo alegremente. Quando entro, me saúda com muita festa, dando-me lambidas de carinho e saltitando ao meu redor, como uma espécie de agradecimento. Por essas e outras, é que me sinto cada vez mais gratificado em ser Médico Veterinário.
Todos nós sabemos que a vida moderna, nos dias atuais, em muito nos beneficia; entretanto ela também nos traz a falta de tempo para descansarmos e relaxarmos e, com isto, nosso grande e iminente companheiro passa a ser o stress. O dia desgastante, o trânsito caótico, chefe que nos perturba, a queda das bolsas de valores, tudo isso é amenizado quando, ao chegarmos em casa, nossos amigos nos agraciam com uma recepção calorosa de beijos (lambidas), abraços (com suas patas) e falas carinhosas (latidos e miados).
Literalmente sucumbimos perante esta demonstração tão sincera de afeto e amizade. Acredito que 90 porcento do stress poderá ser eliminado através desta interação, que resulta num relaxamento muito agradável ao corpo e à mente.
Por outro lado, faz-se necessário lembrar que a sociabilização dos animais de companhia acarretou um problema: os animais passaram a desenvolver distúrbios comportamentais idênticos aos nossos, tais como depressão e outros, mas que eventualmente poderão ser tratados pela homeopatia e psicologia. Nestes casos, além da observação minuciosa do animal, principalmente da maneira pela qual faz certas coisas, devemos interrogar o proprietário a fim de conhecermos certas particularidades, para que, de acordo com sua personalidade, possamos receitar-lhe o medicamento correto. Na área de comportamento animal e doenças crônicas, a homeopatia está sendo muito benéfica, obtendo excelentes resultados.
O julgamento de caráter dos animais é um ponto a ser particularmente observado. Se, por acaso, um animal que normalmente é dócil e brincalhão com todos, apresentar uma atitude comportamental de medo ou agressividade para com determinada pessoa, esta deverá ser observada, pois, em muitas vezes certifica-se que ela não possui bom caráter.
Como clínico de cães e gatos, a cada dia ouço novos relatos de amizade sincera e assim tenho a confirmação do quanto esses bichinhos melhoraram a qualidade de vida de meus clientes. São idosos que foram deixados de lado por seus familiares, mas que são felizes por ter a companhia do seu cão ou gato; jovens que os pais dizem ser rebeldes, mas quando seu animalzinho necessita de vacina ou consulta, não hesitam em deixar seus momentos de lazer para ir até a clínica.
Como já citei anteriormente, muitos psicólogos e psiquiatras recomendam que devemos dar a nossos filhos um animal de estimação para que aprendam a ter responsabilidades com um ser vivo, vendo-o crescer, necessitar de alimentação, água, higiene, passeios e outros cuidados. Isto, com certeza irá fazê-los adultos melhores.
Somente quem nunca teve um animal de estimação poderá dizer que este envolvente ser não nos traz benefício algum. No entanto, afirmo que, a partir do instante que tiver a sorte de receber este grande amigo em seu ambiente, mudará imediatamente de idéia.
Acredito que cada um de nós que possui ou já possuiu um bichinho de estimação, sempre lembrará dele com extremo carinho, seja de alguma façanha que tenha feito ou seja nos momentos tristes em que nos consolou com demonstrações de seu amor incondicional.
Quando um animal morre, o proprietário diz que nunca mais terá outro para não sofrer quando acontecer a perda. Lembro que uma vez li na revista Manchete uma matéria do Sr. Adolpho Bloch, que logo após a morte de sua cadela "Manchetinha", uma fêmea de Dogue Alemão, havia comprado outra cadela idêntica à primeira. O texto dizia mais ou menos assim: "comprei a Manchetinha II em homenagem aos bons momentos que passei com a Manchetinha. Os momentos de alegria foram muito maiores do que aqueles de tristeza, e sua compreensão e amizade foram imensuráveis". Em resumo, afirmo que um animalzinho de estimação faz muito bem para a cabeça e, principalmente para o coração, em todos os sentidos.

They Rock!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar

porque um belo dia se morre.


Clarice Lispector
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


Um certo dia, me vi nas lembranças de uma chuva fria, a alegria que assobia, meu egoísmo por segundos me recria, ponho os olhos adiante, tentando achar algo que por anos não existia.
Meu show ainda está por existir, e meu sagrado muro de Berlim ainda há de cair, pelas presunções da vida, e palas formas de ódio minha vontade é sumir, porém entre vidas derrotadas, o melhor a fazer antes da morte é prosseguir.
O sol arde nas nossas costas, peço a Deus que os homens possam não criar suas apostas, e ainda peregrinar em mundo, se vendo em vista, lixões em fossas, meus talentos se tornam atentos, arriscando as observações supostas.
Tantos desinformados, se tornam desorientados, afirmam ter o melhor da voz em um sorriso amuado, e meu mundo desgovernado fixa apenas nas lembranças da criança, e em um qualquer sonho se torna amedrontado.
Dizem que morri, dizem que eu faço o que ninguém quer, mais não ligo pro que dizem, nunca precisei de um sorriso seu sequer.
Quem ama jamais é amado, porém a vida te deixa só, e o castelo que você um dia tanto construiu com amor, se desmorona e se torna pó.
Segredos se calam, e gritam no mesmo tempo, e meu digno e insano vento, embaça pelas menores ações que eu tento, acordo pelos olhos que choram, mais escrevo em vão, afinal, ninguém contempla meu talento.
Ódio que ferve meu sangue, que me faz mover o vento com os paços, o mesmo ódio que enfraquece meus desenhos, minhas cores e meus traços, desfazem eternidade de amizades, caminhos e laços, invento amigos imaginários, que caminham como eu, ao redor da terra, na órbita do espaço.


Walace Miguel

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


Martha Medeiros
So cool

Alguns dizem que o amor é um rio ,alguns dizem que o amor é uma musica boba , alguns dizem que o amor está ao nosso redor , nos eleva para onde pertencemos , alguns dizem que o amor é ouvir risadas durante a chuva , mas ... todos nós sabemos que o amor é um sofrimento.

Gossip Girl

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Com o tempo...
Você aprende que estar com alguém
só porque esse alguém lhe oferece um bom futuro,
significa que mais cedo ou mais tarde você irá
querer voltar ao passado...
Com o tempo...
Você se dará conta que casar só porque “está sozinho(a)”,
é uma clara advertência de que
o seu matrimônio será um fracasso...
Com o tempo...
Você compreende que só quem é capaz de lhe amar
com os seus defeitos, sem pretender mudar-lhe,
é que pode lhe dar toda a felicidade que deseja...
Com o tempo...
Você se dará conta de que se você está ao lado
de uma pessoa só para não ficar sozinho(a),
com certeza uma hora você vai desejar não voltar a vê-la...
Com o tempo...
Você se dará conta de que os amigos verdadeiros
valem mais do que qualquer montante de dinheiro...
Com o tempo...
Você entende que os verdadeiros amigos se contam nos dedos,
e que aquele que não luta para os ter,
mais cedo ou mais tarde se verá rodeado
unicamente de amizades falsas...
Com o tempo...
Você aprende que as palavras ditas num momento de raiva,
podem continuar a magoar a quem você disse,
durante toda a vida...
Com o tempo...
Você aprende que desculpar todos o fazem,
mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...
Com o tempo...
Você compreende que se você feriu muito um amigo,
provavelmente a amizade jamais será a mesma...
Com o tempo...
Você se dá conta de que cada experiência vivida
com cada pessoa, é irrepetível...
Com o tempo...
Você se dá conta de que aquele que
humilha ou despreza um ser humano,
mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos,
só que multiplicados...
Com o tempo...
Você aprende a construir todos os seus caminhos hoje,
porque o terreno de amanhã
é demasiado incerto para fazer planos...
Com o tempo...
Você compreende que apressar as coisas
ou forçá-las para que aconteçam,
fará com que no final não sejam como você esperava...
Com o tempo...
Você se dará conta de que, na realidade,
o melhor não era o futuro,
mas sim o momento que estava vivendo naquele instante...
Com o tempo...
Você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão,
dizer que ama, dizer que sente falta,
dizer que precisa, dizer que quer ser amigo...
...junto de um caixão...
...deixa de fazer sentido...
Por isso, recorde sempre estas palavras:
“O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde”.
Exatamente quando:
“JÁ NÃO HÁ TEMPO!”

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Vídeo do dia

Great one!

Por favor, não peça para que eu mude, se a sinceridade, lealdade, diversidade, bobagem, amizade que há em mim vem da mais bela parte que há em você. Se eu for igual a todos os outros seres, então o que haverá de diferente do mundo para que eu me encante?
Te peço, te imploro, te confesso que sou e me sinto mais que apaixonado por esse sorriso que estampa em seu rosto e muda de acordo com o brilho do seu olhar em meus olhos.
Por favor, me ensine a amar, me entregar, se esbaldar, me emocionar com cada palavra que sai da sua boca, que me devora, me adora, as vezes me esnoba para que eu não me sinta tão especial e único quanto acho que sou por ter você ao meu lado.
Eu confesso, não nego, me entrego, me desespero para dizer, em seu ouvido, puxando seus cabelos, falando bem baixinho que ainda te amo, te adoro, te admiro, você é meu destino e que sou completamente apaixonado por você.
Por favor, diga algo que sente para que eu me iluda, me inunda, me estremeça, que faça com que eu me perca, me ache, mesmo sendo um sonho desejado em realidade.
Por favor, eu imploro por mais um beijo, um abraço, um carinho, um olhar sincero, um sorriso completo que me completa, me leva, me arremessa diante dos dias cheios de vida à dois que você me proporciona.
Por favor, eu te imploro. . . 
Me ensina a ser você !

Fábio Esteves

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinícius de Moraes

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012


Existem pessoas nas nossas vidas que nos fazem felizes pela simples casualidade de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem o caminho ao nosso lado, vendo passar por muitas lutas, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.

A todas chamamos de amigos e há muitas classes deles.

Talvez cada folha de uma árvore represente um dos nossos amigos.
Os primeiros que nascem são os nossos amigos Pai e Mãe, que nos mostram o que é a vida.
Depois, vêem os amigos Irmãos, com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas a quem respeitamos e desejamos o bem.
Mas, o destino nos apresenta a outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar-se no nosso caminho. A muitos deles chamamos de amigos da alma, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz. 
E ás vezes um desses nossos amigos da alma estala no nosso coração e então o chamamos de um amigo namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, saltos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos de passagem, talvez umas férias ou uns dias ou umas horas. Eles nos colocam sorrisos no rosto durante o tempo que estamos com eles.
Falando do assunto, não podemos esquecer os amigos distantes, aqueles que estão na "ponta das ramas" e que quando o vento sopra, sempre aparecem entre uma folha ou outra. O tempo passa, o Verão vai-se, o Outono aproxima-se e perdemos algumas das nossas folhas, algumas nascem noutro Verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais felizes, é que as folhas que caíram continuam juntas, alimentando a nossa raiz com alegria. São recordações de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho.
Desejo-te, folha da minha árvore, paz, amor, sorte e prosperidade.
Hoje e sempre...Simplesmente porque cada pessoa que passa na nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Haverá os que levam muito, mas não haverá os que não nos deixam nada.
Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade."


Conde Roberto

São tantos os amigos, tantas as histórias pra contar, tantos tombos e risadas...
Tem amigo que aparece todo dia e quando não aparece telefona...
Tem amigo que eu fiz na fila do banco e que se faz presente até hoje...
Tem amigo que aparece só no dia do meu aniversário, mas isto prova que ele não esqueceu de mim...
Tem amigo da Faculdade, que passa cola, que mata aula junto e que passa aperto junto...
Tem amigo que aguenta a choradeira, os dias ruins, a melancolia, e até minha TPM...
Tem amigo que partiu sem tempo pra se despedir e deixou um imenso vazio...
Tem amigo já o deixou de ser e nem sabe...
Tem amigo que fala demais... mas sempre fala o que eu preciso ouvir...
Tem amigo que é muito sincero... ás vezes até demais...
Tem amigo que compra a briga da gente, tomas as dores, as tristezas e o sofrimento e parte pro ataque...
Tem amigo que eu convivo muito mais do que com a minha família...
Tem amigo que vira parente e parente que vira amigo...
Tem amigo que foi apresentado por outro amigo e agora já é amigo de todo os meus amigos...
Tem amigo que eu trago desde a infância e não me canso deles...
Tem amigo que surgiu agora e já ganhou espaço...
Tem amigo que some por um tempo e depois reaparece...
São tantos amigos, tantos tipos... Mas isto não importa...
O importante é que Foram, São e Sempre Serão os MEUS AMIGOS!!!


Maria Rita Avelar

domingo, 22 de janeiro de 2012


Eu tenho amigos bons, tenho amigos que são bonitos, também tenho aqueles amigos que sempre estão à escuta, tenho amigos que fazem declarações, também tenho amigos que me dão valor, que me fazem feliz, tenho amigos que ficam bravos comigo, tenho aqueles que riem por qualquer coisa, mas também tenho aqueles amigos sérios, tenho amigos excepcionais, tenho amigos extraordinários, tenho aqueles amigos que nunca me negam nada, tenho amigos a quem devo muita coisa, tenho amigos que amo muito, também tenho amigos que quero ter pra vida toda, tenho aqueles amigos que chupam chiclete com a boca aberta, tenho amigos que arrotam sem vergonha de ninguém, tenho amigos que "entram na voadora", tenho amigos largados, desarrumados e esquisitos, também tenho amigos ruins, amigos que não prestam, que só falam merda

E desculpando as anáforas, eu tenho você, uma amizade excepcional, passional e esplêndida que supre qualquer característica citada acima.


Higor Alexandre.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá. 
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado. 
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir. 
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .

Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos. 
Não existem príncipes nem princesas. 
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. 
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.
Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa. 
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem. 
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração. 
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti. 
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO. 
Para meus amigos...CASADOS. 
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe". 
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar. 
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores. 
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos; 
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.
Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir. 
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre. 
Permita-se rir e conhecer outros corações. 
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida. 
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.
Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade. 
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).
Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você. 
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade? 
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente. 
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer. 
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.
Pra terminar ... 
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.... 
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... 
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... 
Um dia percebemos que o comum não nos atrai... 
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... 
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... 
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim... 
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito... 
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras... 
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.


Martha Medeiros
Impossível atravessar a vida...
Sem que um trabalho saia mal feito,
Sem que uma amizade cause decepção,
Sem padecer com alguma doença,
Sem que um amor nos abandone,
Sem que ninguém da família morra,
Sem que a gente se engane em um negócio. 
Esse é o custo de viver.
O importante não é o que acontece,
Mas, como você reage.
Você cresce quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.
Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.
Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.
Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.
Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.
Cresce quando abre caminho,
Assimila experiências...
E semeia raízes...
Cresce quando se impõe metas,
Sem se importar com comentários.
Cresce quando é forte de caráter,
Sustentado por sua formação,
Sensível por temperamento...
E humano por nascimento!
Cresce ajudando a seus semelhantes,
Conhecendo a si mesmo e
Dando à vida mais do que recebe.
E assim se cresce...


Susana Carizza

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Hoje eu acordei com vontade de buscar à Deus um pouco mais. Por isso fui direto para a igreja para pedir paz, tranquilidade e para agradecer por tudo que eu conquistei. 
Sei que Ele é o único ser que pode me ajudar a ter um ótimo dia, sem tribulações, rancor e tristezas.
Pedi também pela minha família. Pedi que ela fosse abençoada  sempre e bem unida.
Pedi perdão por todas as minhas falhas, pois sei que são muitas. A fraqueza faz parte do nosso dia a dia, por isso sempre tento controlar a minha vida. 
Domingo passado fui na celebração e foi o padre Carlos que celebrou. O evangelho foi muito interessante pois tratou de um assunto muito polêmico. 
Um dos assuntos do evangelho foi sobre a valorização do nosso corpo. Devemos guardá-lo pois ele é a morada de Deus. "A Bíblia recomenda que o romance e o dom de sexualidade sejam usados no contexto do casamento. A Bíblia diz em Hebreus 13:4 “Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará. ” A Bíblia diz em 1 Coríntios 7:3-4 “O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher.” 
Deus criou o sexo como parte do casamento."
Pois é pessoal, Cada um possui uma conduta diferente. Cada um faz o que bem entender e eu não posso fazer nada  para evitar que vocês façam. A única coisa que eu posso fazer é me preparar, pois sou o único que posso intervir sobre isso. 
Só não faça algo que possa te prejudicar futuramente. Pense antes de agir!

Eduardo Henrique

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


A solidão amiga

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.


Rubem Alves

terça-feira, 17 de janeiro de 2012


O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


João Cabral de Melo Neto

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